24-05-2023
Benefícios e Oportunidades do Uso da Análise de Big Data em Cidades Inteligentes
Atualmente, são muitas as cidades a nível mundial que se esforçam no sentido de se tornarem cidades inteligentes na esperança de colher alguns dos habituais benefícios económicos, ambientais e sociais que estão associados a este tipo de cidades.
São cidades que estão de olho nas oportunidades proporcionadas pelo uso da análise de big data aos dados recolhidos e monitorizados através de aplicações espalhadas pelas cidades inteligentes. Cidades que já se aperceberam deste potencial e que buscam os benefícios e oportunidades que podem ajudar na tomada de decisão de converter ou redesenhar uma cidade para se tornarem cidades inteligentes.
As cidades que seguirem este rumo irão alcançar níveis mais aperfeiçoados de sustentabilidade, resiliência e governança e assim não só melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos, mas também introduzir uma gestão inteligente das infraestruturas e dos recursos naturais.
Vejamos alguns dos benefícios que resultam do uso da análise de big data em cidades inteligentes:
1. Melhor Qualidade de Vida dos Cidadãos / População:
Com melhores serviços, modelos de vida e trabalho mais eficientes e menos desperdício (em tempo e recursos), os cidadãos de cidades inteligentes terão uma melhor qualidade de vida. Tal sucede como resultado de um melhor planeamento de espaços e locais de trabalho / convívio / lazer, sistemas de transporte mais eficientes, melhores e mais rápidos serviços e disponibilidade de informações suficientes para tomar decisões devidamente informadas.
2. Níveis Mais Altos de Transparência e Abertura:
Atentos a esta situação surgem iniciativas digitais tendo em vista a introdução de mais transparência, colaboração e participação nas relações entre governos e cidadão. São cada vez mais evidentes as reivindicações da sociedade pela disponibilização de informação pública em formatos abertos. A este propósito importa também referir que existe uma diretiva europeia relativa aos Dados abertos e à reutilização de informações do setor público.
A necessidade de uma melhor gestão e controlo dos diferentes aspetos e plataformas / aplicações da cidade inteligente irá induzir a interoperabilidade e a níveis de abertura e de transparência mais elevados. Com recurso à Diretiva INSPIRE, a partilha harmonizada de dados e de recursos será a norma e aumentará a transparência das informações para todos os envolvidos.
Estas iniciativas irão incentivar a colaboração e a comunicação entre entidades e a criação de mais serviços e plataformas / aplicações que aperfeiçoam ainda mais a cidade inteligente. Um exemplo é o governo dos EUA que recolhe e divulga uma ampla gama de dados, publicações e conteúdo em nome da abertura e da transparência de dados. Com esta medida oferecem aos cidadãos e às entidades governamentais a oportunidade de trocar e utilizar os dados de forma mais eficaz.
3. Utilização Eficiente de Recursos:
Com a tendência de muitos recursos a tornarem-se escassos ou muito caros, é importante integrar soluções para ter uma utilização racional, melhor e mais controlada desses recursos. Assumem aqui um papel preponderante os sistemas tecnológicos como os SIG - Sistema de Informação Geográfica e os ERP - Enterprise Resource Planning.
Com estes sistemas de planeamento e monitorização a funcionar em pleno, será mais fácil de identificar os pontos de desperdício e distribuir melhor os recursos, controlando os custos e reduzindo o consumo de energia e de recursos naturais.
Além disso, um dos aspetos importantes das plataformas / aplicações das cidades inteligentes é serem projetadas para a recolha de dados e para funcionarem alicerçados em princípios de interoperabilidade que visam facilitar a colaboração entre as aplicações / plataformas de serviços.
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