Home > Artigos > A IA Geoespacial - O Desenvolvimento de Novas Áreas de Negócio - 1 de 2

02-05-2023

A IA Geoespacial - O Desenvolvimento de Novas Áreas de Negócio - 1 de 2

Inteligência, Artificial, Geoespacial, Desenvolvimento, Novas, Áreas, Negócio


Quando se trata da relação entre desenvolvimento de negócios e inovação tecnológica, geralmente podemos separar duas formas opostas de pensar. Por um lado, há quem acredita que o progresso tecnológico é quem impulsiona os negócios, por outro, há quem entenda que é o investimento comercial que possibilita inovações como a Inteligência Artificial Geoespacial.


Qual a forma correta de pensar não é relevante. O que importa é que as interligações entre setores empresariais inovadores e tecnologia de ponta são um círculo sem fim e o investimento em I&D permite que surjam novas tecnologias, que por sua vez levam a novas oportunidades de negócios, novos setores.

 

Nos últimos anos são muitos os exemplos de avanços desenvolvidos na área da Inteligência Artificial Geoespacial que afetaram e inquestionavelmente vão continuar a afetar o mundo dos negócios.

 

Dados Geoespaciais

 

Nas últimas décadas são muitos e diversificados os exemplos de entidades, desde municípios, empresas, a forças militares, que utilizaram sistemas de informação geográfica (SIG) e a razão é óbvia. Um SIG permite associar informações a um mapa e separa a informação em diferentes camadas (Layers) temáticas e armazena-as independentemente, permitindo trabalhar com elas de modo rápido e simples, permitindo ao operador ou utilizador a possibilidade de relacionar a informação existente através da posição e topologia dos objetos, com o fim de gerar nova informação.

 

A análise espacial proporcionada pelos SIG permite interpretar e compreender, estimar e prever, avaliar a adequação e a capacidade e muito mais, ao facultar novas perspetivas, novas formas de representar e ver a realidade e assim facilitar a tomada de decisões

 

Os SIG tornaram-se uma ferramenta indispensável quando se trata de processar muita informação e de representar dados geoespaciais sobre o mundo suportado numa solução dinâmica e interativa. Monitorizar mudanças, tomar decisões devidamente informado e descobrir padrões, tendências geoespaciais sem utilizar um SIG é praticamente impossível.

 

Nas últimas décadas estamos a assistir a uma grande revolução, que promete ser uma mudança de paradigma em muitos setores por meio de novos dados geográficos resultantes de novas formas de processamento.

 

Big Data Geoespacial

 

Se pensarmos bem, a análise geoespacial sempre foi uma forma de Big Data. Afinal de contas, a maioria dos dados relacionados com a observação da Terra é composta por imagens de elevada resolução e de dados que chegam a uma cadência estonteante.

 

Há alguns anos, armazenar grandes quantidades de dados e informações era uma impossibilidade. Não só por questões relacionadas com o processamento, armazenamento e organização, mas também devido ao elevado custo dos equipamentos e à pouca oferta.

 

O poder computacional e a tecnologia tem evoluído de tal forma que os dados são transferidos, armazenados e descarregados a velocidades estonteantes. E não estamos a falar da velocidade de conexão com a internet, mas sim a rapidez com que esse conteúdo é trabalhado, atualizado, disponibilizado. A procura dos dados é cada vez mais em tempo real, com o menor atraso possível, devendo ser tratados e seguramente disponibilizados em tempo oportuno / útil.

 

A facilidade de processamento de Big Data está a mudar com os avanços da inteligência artificial. Há uma ou duas décadas, obter dados geoespaciais e utilizá-los de maneira significativa era quase impossível e tal só estava ao alcance de agências governamentais e indústrias de capital intensivo, como petróleo e gás.

 

Só muito recentemente o cenário da análise de dados geoespaciais está a mudar. A introdução do GPU (Graphics Processing Unit - Unidade de Processamento Gráfico) e cálculos relacionados mais fáceis de executar do que nunca. Novas áreas de negócio estão a surgir para tirar todo este potencial. A título de exemplo, empresas especializadas em soluções de gestão do ciclo de vida do produto começaram a utilizar dados geoespaciais, permitindo a máxima eficiência no planeamento e desenvolvimento de negócios. Hoje, mais que nunca, especialmente em termos de negócios, há cada vez mais inteligência no processo de tomada de decisão a ser obtida a partir de dados geoespaciais.

 

Inteligência Artificial

 

A utilização da tecnologia emergente de inteligência artificial é cada vez mais o tópico de conversa nos círculos de negócios em todo o mundo e em praticamente todos os setores. O número de adaptações práticas de negócios a tirar partido da inteligência artificial está a crescer de forma exponencial. Na sequência do sucesso do ChatGPT, a inteligência artificial já é considerada como essencial na fase de conceptualização e tecnologia fundamental a incorporar no desenvolvimento de novos negócios.

 

Há poucos anos a inteligência artificial parecia algo cinematográfico, mas entretanto atendendo às evoluções tecnológicas tornou-se verdadeiramente palpável. Na realidade estamos a falar de machine learning e de deep learning, visão computacional (ver artigos já publicados) como tecnologias orientadas por inteligência artificial capazes de analisar dados (geográficos ou outros) de forma extremamente eficiente. Ser capaz de processar grandes quantidades de imagens de satélite com uma quantidade enorme de detalhes é algo que somente este novo tipo de tecnologias podem alcançar.

 

Artigos relacionados:

 

 

 

 

 
 
 

👉 Follow @niuGIS

RELACIONADAS


Contacte-nos 214 213 262

Informações