10-05-2023
Formas de Aquisição de Dados - Medição do Batimento Cardíaco das Cidades Inteligentes
O mundo está cada vez mais digital e a COVID-19 acentuou essa tendência. Por isso, vejamos algumas das principais formas de aquisição de dados que nos permitem sentir o pulsar de atividade das cidades inteligentes:
Redes sociais
Os social media tornaram-se na maior fonte de dados e foi por demais evidente a apetência pelo uso das aplicações móveis e o incremento significativo de subscrições, visualizações registadas nas redes sociais. Através das redes sociais é possível em tempo real saber quais os temas que estão a ser falados, quando e onde e, no fundo, ter acesso ao pulsar da atividade desenvolvida nos municípios.
Sensores
Recorrer a sensores para medir o pulsar da cidade é uma das evoluções das cidades inteligentes. Nos últimos anos temos assistido a um série de municípios a fazerem investimentos com o intuito de testar múltiplos tipos de sensores urbanos (IoT - Internet of Things) a fim de avaliar a pertinência da informação recolhida e em que media a mesma pode ser utilizada no processo de tomada de decisões.
A variedade de sensores é imensa e cada vez mais existem mais aparelhos eletrónicos capazes de medir uma significativa multiplicidade de fatores ambientais. Com recurso a plataformas de hardware e software open source, hoje já é possível adquirir dados sobre poluição, níveis de CO2, temperatura, humidade, elementos alergénicos, entre outros.
Com a colaboração da população, a recolha de dados através de Informação Geográfica Voluntária (IGV) está também a dar grandes passos e é outra fonte de dados em grande expansão. É cada vez mais importante fomentar o envolvimento colaborativo de comunidades de utilizadores em projetos comuns, permitindo aos cidadãos que se tornem contribuintes ativos de partilha de informação geográfica sobre fenómenos ambientais e sociais.
Existem 2 tipos de sensores:
Sensores instalados em ativos em movimento (ex: viaturas, transportes públicos, pessoas, etc.);
Sensores colocados em pontos fixos da cidade (ex: rega, estacionamento, contador, etc.).
Cartões Inteligentes
Os cartões Inteligentes (smart cards) são cartões que geralmente se assemelham em forma e tamanho a um cartão de crédito convencional de plástico com banda magnética. Além de ser utilizado em cartões bancários e de identificação pessoal, é também encontrado nos telemóveis.
Já existem cidades no mundo que num único cartão permitem o usufruto de uma variedade de serviços como acesso a parques de estacionamento, utilização de bibliotecas, acesso a piscinas, reserva de equipamentos desportivos, utilização de serviços de partilha de trotinetes, bicicletas ou de acesso aos transportes públicos. Como se pode compreender estes cartões são uma fonte ilimitada de informação da movimentação da população pela cidade (pontos de partida, chegada, horas de ponta, etc.) que permitem avaliar múltiplos impactos relacionados com a mobilidade urbana.
Portais de Dados Abertos
São cada vez mais evidentes as reivindicações da sociedade pela disponibilização de informação pública em formatos abertos. A interoperabilidade está a incrementar e os municípios também estão a criar cada vez mais portais de dados abertos capazes de divulgar informações para aumentar a transparência da administração municipal e aumentar a participação de empresas e cidadãos.
O que se pretende é proporcionar às pessoas, empresas a possibilidade de explorar dados essenciais para a sua missão e assim, reutilizá-los para melhorar os seus negócios ou criar novos produtos sem ter de se mover por intermináveis burocracias habitualmente associadas à requisição da informação.
A ideia é abrir os dados que são recolhidos, geridos e detidos pela Administração Pública à sociedade civil, ou seja, libertar o acesso aos dados públicos em bruto, sem restrições de utilização e em formatos que possam ser facilmente trabalhados por aplicações informáticas.
Nas cidades inteligentes o Big Data (ver artigos publicados) ou recolha de dados em grande escala é uma inevitabilidade. Só mesmo com recurso às TIC, aos SIG, será possível de tratar e processar o colosso de dados gerados tendo em vista a compilação de informação para o processo de tomada de decisão. No próximo artigo sobre este tema, iremos abordar a importância do processamento de dados para as cidades inteligentes.
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