24-02-2023
A Guerra na Ucrânia, um ano depois
A guerra já causou milhares de mortes, mas ambos os lados evitam divulgar dados militares oficiais. Até 13 de Fev2023, 7.199 mortes de civis foram registradas na Ucrânia, além de 11.756 feridos, de acordo com fontes relacionadas com as Nações Unidas. No entanto, a organização acredita que os números reais são consideravelmente maiores.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, já dura há um ano e não há perspetivas para o fim da guerra. Para muitos, o dia ficará para sempre na memória.
Dias depois de reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia (Donetsk e Luhansk), ocupadas por forças rebeldes apoiadas pela Rússia desde 2014, o argumento apresentado pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022 era "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia.
A União Europeia condenou a agressão e a relação entre Bruxelas e Moscovo que já não era boa desde 2014, ficou inevitavelmente afetada para as próximas décadas. A adoção de sanções, já considerada como uma prática comum, após a anexação da Crimeia em março 2014, intensificou-se e desde então múltiplas sanções de vária natureza têm sido implementadas à Rússia.
A degradação da situação na região iniciou-se em 2014. A Rússia já havia anexado a Crimeia nesse ano, embora a maioria dos países ainda reconheça a península como parte da Ucrânia. Atendendo à sua posição geográfica, a Crimeia tinha e tem uma importância estratégica para a Rússia. A península representa uma via de acesso ao mar Negro a partir do mar de Azov, que banha o sudoeste do território russo e parte da Ucrânia.
Um ano após a invasão, a Rússia não voltou a recuperar o território que deteve na fase inicial da guerra, quando as suas forças avançaram rumo a Kiev, mas mantém-se fortes braços de ferro no leste (Bakhmut) e no sul (Kherson) da Ucrânia (ver sequência de mapas com evolução do controlo militar).
Passado um ano em que resistem ao invasor e em que desafiaram as probabilidades, os ucranianos não manifestam qualquer dúvida quanto ao desfecho do conflito: vão vencer. Nunca se ouve depois da guerra, mas sempre depois da nossa vitória.
A guerra que poucos acreditavam poder durar mais que umas semanas cumpre hoje o seu primeiro aniversário e a sensação de inevitabilidade daqueles inimagináveis dias de Fevereiro de 2022 deram lugar a uma incerteza quanto à duração do conflito e de que forma vai terminar para se alcançar a tão desejada paz.
Este artigo traduz a nossa singela homenagem a todos aqueles que viram as suas vidas completamente dizimadas e em especial para aqueles que morreram a defender o seu território, a sua pátria.
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