26-01-2023
Digital Twin Urbano
Uma maior literacia geoespacial para as Smart Cities emergentes
As cidades em que viveremos no futuro, a que chamamos hoje #SmartCities pela expectativa de interação digital nas mais variadas situações do nosso dia-a-dia, requerem que estejamos preparados para lidar com um grande conjunto de sensores, permanentemente a recolher dados. Estas pequenas peças de dados incorporam sempre informação geoespacial que, por serem já habituais, nem sempre nos apercebemos do seu potencial social e tecnológico.
Com o conceito de #DigitalTwin Urbano, apresenta-se-nos hoje em dia uma oportunidade para encorajar a literacia espacial, a qual leva ao desenvolvimento das competências digitais espaciais. Esta é uma área de conhecimento essencial, tanto para cada individuo pela necessária interação tecnológica futura com as coisas da sua vida diária, como para as comunidades globais que utilizam já hoje o espacial e o digital com consciência, sabedoria, e equilíbrio, na solução de problemas sociais, com vista ao bem-estar da população, proporcionando um elevado nível de qualidade de vida.
Deste último ponto temos, por exemplo, o conceito de produção e atualização de uma Carta Social Municipal, de forma distribuída no espaço, e com interação dos vários membros da comunidade. Constrói-se digitalmente um gémeo da cidade, na vertente do apoio social, de uma forma distribuída com a colaboração de todos os participantes.
O ecossistema digital resultante permite às partes interessadas em cidades inteligentes, sejam do setor público ou privado, e da sociedade civil, o seguinte:
A sustentabilidade, em todas as suas vertentes, está ligada, de forma intrincada, com o papel do digital. O combate à pobreza, a eliminação da fome e o combate às mudanças climáticas, de acordo com as definições da Agenda 2030 da ONU, terão tanto mais sucesso quanto os gémeos digitais sejam mais e melhor utilizados.
O digital é essencial para atingir esses objetivos, mas deve ser bem orientado, para que seja uma força positiva; é necessário evitar o risco do digital ser um acelerador das desigualdades sociais, bem como das mudanças climáticas.
Além de ser aplicado à componente inanimada da cidade, o conceito de gémeo digital é também alargado aos seres humanos, ou seja, aos sujeitos de cada cidade e território: examinados tanto como pertencentes a comunidades ou grupos, ou como indivíduos singulares.
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