05-12-2022
Monitorização do Maior Vulcão Ativo do Mundo
Imagens de satélite estão a disponibilizar uma excelente plataforma para analisar e monitorizar a recente erupção vulcanina no Havai, Estados Unidos da América. Estes oferecem uma representação precisa da erupção do maior vulcão ativo do mundo: o Mauna Loa. O vulcão entrou novamente em erupção neste ano de 2022, após uma pausa de quase 40 anos.
Os riscos da erupção vulcânica
O vulcão de Mauna Loa entrou em erupção no dia 27 de Novembro de 2022 na Ilha Havai, a maior do arquipélago do Havai, deixando em alerta toda a população da ilha e afetando o trafego aéreo. Esta erupção surge após vários meses de elevada atividade sísmica em Mauna Loa. As autoridades locais indicaram que, para já, o fluxo da lava não está a colocar em perigo populações ou construções humanas, mas, baseados em erupções anteriores, o curso da lava pode mudar, e por isso os cidadãos e autoridades devem permanecer atentas.
O vulcão Mauna Loa tem uma altitude de 4169 metros, e última vez que entrou em erupção foi em 1984. É um dos 5 vulcões da grande Ilha Havai. O seu historial conta com 33 erupções desde 1843. Fica a norte do vulcão Kilauea, que também se encontra em erupção, mas mais moderada e controlada. Sendo que o Mauna Loa é mais alto, os especialistas estão mais preocupados com a descida mais rápida da lava.
Tecnologia de deteção remota ajuda a monitorizar as erupções
As erupções vulcânicas são um fenómeno que evolui rapidamente, tornando a tarefa dos vulcanologistas e dos gestores de desastras mais difícil de prever e monitorizar. No entanto, a nova e inovadora tecnologia de deteção remota no domínio geoespacial, permite aos cientistas fazer monitorizações, avaliações e previsões de forma muito mais eficiente acerca destes eventos potencialmente destrutivos da vida humana e animal.
Utilizar uma combinação de informação do terreno, dados de satélite, e tecnologias de IA (Inteligência Artificial), facilita uma monitorização de longo prazo dos vulcões, permitindo aos investigadores uma visão geral e abrangente dos sistema vulcânicos. Perceber o comportamento dos vulcões permite criar sinais de alerta, prever erupções vulcânicas e consequentes deslizamentos de terra e lava, e assim ativar planos de emergência em tempo oportuno.
Os vulcanologistas podem neste momento usar imagens de satélite que oferecem uma melhor perspetiva sobre a área terrestre, e permitem fazer uma monitorização mais consistente e com melhor custo/beneficio comparativamente a outos métodos. Os satélites estão equipados para disponibilizar dados praticamente em tempo real, e são uma forma muito mais segura de os obter do que ter de percorrer o adverso espaço físico onde uma erupção decorre. Esta integração dos dados de satélite tem vindo a ser incorporada na avaliação em tempo real do risco vulcânico, dada a sua rapidez, flexibilidade e precisão dos dados.
Monitorização com imagens de satélite da erupção do Mauna Loa
A erupção do vulcão Mauna Loa tem sido cuidadosamente monitorizada através de imagens de satélite e outros dados, do recente evento do dia 27 de Novembro. A imagem da [INST] mostra a vista do satélite GOES-West Earth onde mostra a atividade térmica em seu redor à medida que uma mistura de vermelho e amarela se movimenta, assim como a nuvem de cinzas e detritos.
O observatório de vulcões do Havai está em constante contacto com esta tecnologia, e outras, o que lhes permitirá dar informação precisa às autoridades para estas atuarem em conformidade.
A tecnologia de monitorização via satélite evoluiu de forma espantosa, em comparação com a última vez que o Mauna Loa entrou em erupção (1984). O vulcão ficou adormecido durante maior parte do tempo na sua história. Mas agora, voltou ao ativo, e as ferramentas geoespaciais atualmente disponíveis estão, sem dúvida, muito mais evoluídas e são cada vez mais importantes na monitorização dos vulcões. Consequentemente são uma peça importante nos planos de emergência a resposta a catástrofes naturais.
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