O que é e onde fica o Farol de Alexandria?

04-11-2022

O que é, onde fica, Farol, Alexandria

Devido às águas rasas e às rochas, navegar até o porto de Alexandria era à época bastante complicado. Considerado como uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo, o próspero porto mediterrâneo (na costa do Egito), fundado por Alexandre, o Grande em 331 a.C., precisava com urgência duma solução para orientar os marinheiros nas suas viagens noturnas.

A resposta surgiu através da edificação de uma imponente torre de sinalização luminosa construída pelo Reino Ptolemaico (280 e 247 a.C.) na ilha vizinha de Pharos (daí o nome farol). O arquiteto grego Sóstrato de Cnido foi contratado para construir o farol e levou mais de uma década para terminar.

A torre construída utilizando pedra de granito claro com revestimento de mármore e calcário era composta por uma base quadrada, uma seção intermediária octogonal e uma parte superior cilíndrica, todas conectadas por uma rampa em espiral para que uma fogueira pudesse ser acesa no topo, supostamente visível a 48 quilómetros de distância. Havia ainda no topo do farol uma estátua do deus do mar, Poseidon.

Segundo o poeta grego Posidipo, "A torre, linha reta e vertical, parece cortar o céu durante a noite. Um marinheiro sobre as ondas verá uma grande fogueira a arder no topo do Farol." O design do farol tornou-se um modelo de referência para todos os faróis construídos desde então.

O monumento foi considerado como uma das sete maravilhas do mundo antigo, tinha pouco menos de 140 metros de altura e durante muitos séculos foi uma das estruturas mais altas no mundo, a segunda maior feita pelo homem na Antiguidade, depois da Grande Pirâmide de Gizé (também considerada como uma das 7 maravilhas do Mundo Antigo).

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À semelhança das outras Maravilhas do Mundo Antigo, o Farol de Alexandria foi danificado por três terremotos entre os anos de 956 e 1323, tornando-se uma ruína abandonada. As ruínas desabaram definitivamente no século XV.

Até 1480, era a terceira maravilha antiga sobrevivente (depois do Mausoléu de Halicarnasso e da Grande Pirâmide de Gizé), data em que a última das pedras remanescentes foi utilizada para, no mesmo local, construir a Cidadela de Qaitbay.

Contudo, esta pedra não foi o último vestígio do farol, uma vez que arqueólogos franceses descobriram pedras enormes nas águas ao redor da Ilha de Pharos em 1994, que alegaram fazer parte dos restos do farol no Porto Oriental de Alexandria.

Em 2015, o Ministério de Estado das Antiguidades do Egito planeou transformar num museu subaquático as ruínas submersas da antiga Alexandria, incluindo as de Faros. Em Maio do mesmo ano, o Comité Permanente do Egito para as Antiguidades anunciou planos e a intenção de reconstruir o monumento.