09-08-2022
Fotogrametria e Mapeamento 3D
Como vimos nos últimos artigos, a fotogrametria é uma técnica para recolha de dados, medidas precisas, confiáveis de objetos do mundo real no ambiente. Ora, se assim é, podemos também depreender que o uso dessa técnica de mapeamento digital de objetos nos permite a criação de modelos 3D a partir dessas fotos.
Os dados 2D e 3D são extraídos de uma imagem e, com fotos sobrepostas de um objeto, edifício ou terreno, convertidos num modelo 3D digital. Isso permite capturar objetos grandes, até mesmo paisagens, que de outra forma seriam impossíveis de digitalizar. Como tal, a fotogrametria é frequentemente usada por topógrafos, arquitetos, engenheiros e empreiteiros para criar mapas topográficos, redes ou nuvens de pontos.
O software de fotogrametria vem em muitas formas e formatos. Como seria de esperar, existem soluções profissionais / comerciais que são ideais para aplicações industriais e de engenharia, mas se quiser fazer uma experiência, existem alguns programas gratuitos disponíveis para download. Só precisa do seu telemóvel para tirar fotos e criar o modelo digital: Meshroom; Regard3D; COLMAP; VisualSFM; OpenMVG; etc.
A digitalização 3D é o processo de analisar um objeto ou ambiente, recolhendo dados sobre esse objeto ou envolvência. As ferramentas de digitalização visam a criação de um objeto digital em 3D que pode depois ser replicado com uma impressora 3D ou máquina / fresadora CNC.
A digitalização 3D profissional pode ser dividida em duas categorias: com e sem contato. O varrimento de contato coloca o objeto numa superfície de precisão e sonda o objeto com o toque. O varrimento ativo sem contato usa luz para sondar um objeto, enquanto a passiva sem contato deteta a radiação ambiente.
Estes tipos de digitalização 3D normalmente exigem hardware e software caros, mas cada vez mais existem opções mais acessíveis de digitalização 3D utilizando uma mera aplicação de smartphone com o que temos vindo a falar nos últimos dias: fotogrametria.
A digitalização com um telemóvel costumava exigir hardware adicional, como um sensor de profundidade, mas hoje, graças aos telemóveis modernos equipados com lidar (deteção e alcance de luz), é possível digitalizar diretamente o objeto com o simples uso do dispositivo que tem no bolso. Nas stores da Apple e da Google basta por exemplo fazer uma pesquisa por 3D Scanner para encontrar múltiplas aplicações capazes de fazer digitalizações 3D de objetos.
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