26-11-2021
Rede Geodésica Nacional - Infraestrutura base de apoio a toda a cartografia do país
A Rede Geodésica Nacional (RGN) é uma das infraestruturas base de apoio a toda a cartografia do país e que serve todos aqueles (empresas, autarquias e outros organismos públicos e privados) que, por força das suas atividades, necessitam de referenciar com precisão a informação geográfica dos seus projetos (os Planos Diretores Municipais, por exemplo).
É constituída por cerca de 8.600 vértices geodésicos (7973 em território continental, 523 no Arquipélago dos Açores e 108 no Arquipélago da Madeira), maioritariamente materializados por marcos geodésicos.
Este conjunto de vértices geodésicos está devidamente coordenada e distribuída pelo país em posições dominantes de forma a garantir intervisibilidade. Estão materializados através de diversas formas geométricas, como pirâmides ou troncos de cone sobre cilindros ou são coincidentes com estruturas já existentes.
Um VG ou vértice geodésico (popularmente chamado "talefe" em Portugal, e "Pinoco" no Norte de Portugal) é um sinal que indica uma posição cartográfica exata e que faz parte de uma rede de triângulos com outros vértices geodésicos. São escolhidos sítios altos e isolados com linha de visão para outros vértices.
A rede geodésica portuguesa é formada por vértices geodésicos que se dividem em três ordens de importância: 1ª Ordem - pirâmides distando 30 a 60 km; 2ª Ordem - cilindro + cone listados distando 20 a 30 km; 3ª Ordem - cilindro + cone distando 5 a 10 km.
O Centro Geodésico de Portugal está situado na Serra da Melriça, freguesia e concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco. Encontrando-se a uma Altitude máxima ao Nível do Mar de 592m (anm/asl) é delineado fundamentalmente pelo Marco Geodésico padrão, pelo Museu da Geodesia e áreas envolvente de apoio e estacionamento.
O Marco Geodésico, é conhecido popularmente por "Picoto da Melriça", sendo constituído por um vértice geodésico de 1ª ordem, piramidal, em alvenaria com 3 metros de base e 9 metros de altura e está desde á muito associado à história da cartografia moderna em Portugal. Esta iniciou-se no século XVIII, no reinado de D. Maria I, quando a soberana convidou a Academia Real da Marinha, a iniciar os trabalhos de triangulação geral do território, para a realização da Carta Geográfica do Reino.
A importância do Marco Geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto, que se deu início à marcação dos restantes 8.000 vértices geodésicos de Portugal Continental.
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