15-11-2021
COP26 - Problemática das Alterações Climáticas e os SIG
De uma forma geral, as respostas ao problema das alterações climáticas dividem-se em dois grandes grupos (IPCC): a adaptação como o processo de ajuste ao clima atual ou esperado e seus efeitos; e a mitigação como uma intervenção humana para reduzir as fontes ou melhorar os processos de tratamento dos gases de efeito de estufa.
A composição e a ação de medidas concretas para lidar com o problema exige um adequado equilíbrio entre as opções de resposta disponíveis. Todas elas contêm uma componente geográfica, pelo que as tecnologias geoespaciais se apresentam como fator-chave na definição de soluções.
Os SIG surgem como o instrumento mais adequado na medida em que conseguem agregar uma grande e diversificada quantidade de dados / informação de diferentes origens, tipos e distribuídas no tempo, possibilitando um tratamento holístico do problema.
Paralelamente, importa realçar a importância dos SIG no que diz respeito a uma maior consciência política e civil face à questão das alterações climáticas.
Como vimos no decorrer da COP26, o meio científico é consensual e revela-se consciente dos riscos e desafios que o problema climático representa para a humanidade, o que contrasta profundamente com a inércia dos decisores políticos e a ainda reduzida perceção da dimensão do desafio por parte da sociedade civil em geral.
A falta de consciencialização pública em torno da dimensão do problema contribui para a inatividade dos líderes políticos relativamente à tomada de decisões e à afetação de recursos. Já em 2015 Barack Obama disse que: Os factos científicos apresentados são inquestionáveis, mas o que irá mover o Congresso será a opinião pública. (...) As vozes [públicas] é que os irão tornar recetivos aos factos. Depois do que se passou na COP26, pelos vistos o mesmo raciocinio também se aplica à China e à India.
Também aqui os SIG assumem um papel digno de destaque, na medida e que podem criar estímulos visuais na forma de imagens, vídeos e modelos direcionados para a visualização dos efeitos das alterações climáticas. Uma imagem vale por mil palavras e as vantagens e o impacto da representação visual de dados e informação relativamente à transmissão oral ou escrita foi já largamente comprovada.
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