24-08-2021
Mapeamento do risco de ser infetado pelo COVID-19
Num cenário em que eram necessárias medidas que preconizem a busca de equilíbrio entre a prioridade à vida e a retoma da atividade económica, adotou-se uma estratégia de mapeamento de riscos, com medidas qualificadas de combate à pandemia do COVID-19, tendo por base a avaliação de ameaças, de forma equilibrada e comparativa em cada região e em cada município do território Português.
Percebeu-se que era necessário criar um mapa que evidenciasse, de forma clara, simples e facilmente entendido pela população, a importância de justificar o foco de ter que tomar medidas que convergissem para o esforço maior de salvar vidas, por meio da monitorização constante da exposição da população aos riscos de contágio do COVID-19.
A ideia foi suportada em modelos estatísticos e na transformação de dados e números, criar mapas coloridos que traduzissem distribuições espaciais e dispersões geográficas. Tratava-se de usar os dados divulgados diariamente pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre os casos de COVID-19 no país e nos municípios e tratá-los de forma a obter mapas da sua distribuição geográfica.
O mapa disponibilizado mostra todos os dias qual é o risco de ser infetado pelo coronavírus em cada ponto do país. A ferramenta baseia-se no número de novos casos registados diariamente em cada município e pode ser utilizado pelas autoridades para saber onde é que a vigilância deve ser mais apertada, e para decidir como pode ser feita a saída do isolamento e estudar a evolução da pandemia.
O mapa foi e continua a ser de grande utilidade para as autoridades de saúde saberem diariamente o efeito de uma determinada medida de controlo ou de vigilância em certas regiões. Se necessário criar uma task-force para agir de forma integrada com o intuito de reduzir a disseminação da infeção e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde da região. As manchas do mapa aumentam e diminuem ao longo do tempo. A partir do momento em que os mapas são contínuos, e não são divididos por concelhos, é mais fácil interpretar o que está a acontecer.
Este tipo de mapas, assente em distribuições espaciais, são visualizados em ferramentas web, interativas e baseadas em SIG - Sistema de Informação Geográfica.
Mesmo depois da pandemia, quando Portugal estiver livre da Covid-19, estes mapas podem ser cruzados com outros dados que permitam compreender o impacto da doença no país - por exemplo: em termos socioeconómicos, mobilidade ou número de óbitos.
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