19-08-2021
Ocupação do Solo com INSPIRE, modelo Vetorial ou Raster?
A especificação de dados para a Ocupação do Solo, o tema Land Cover do Anexo II da Diretiva INSPIRE, contempla duas variantes de representação: uma base nuclear completa com dados vetoriais, e uma base nuclear (um pouco mais simplificada) com dados raster. Quando temos situações em que se utiliza a multiclassificação, então tira-se partido do modelo estendido, sendo que qualquer uma das variantes é um subconjunto deste último.
De acordo com a Diretiva INSPIRE, ao nível conceptual, o conjunto de dados de ocupação do solo é uma agregação de unidades de ocupação do solo, cada uma podendo ser um ponto, um polígono, ou uma célula (no caso raster). Cada uma destas unidades está associada a uma lista de códigos concreta. Para cada unidade podem existir várias observações em diferentes momentos do tempo.
A introdução das observações ao longo do tempo foi propositada, permitindo assim proceder-se a análises que incluam o estudo das alterações ao longo do tempo. Para cada observação de uma certa unidade, num dado instante, é registado um ou mais valores da lista de códigos em uso.
Quando se utiliza o modelo vetorial é também possível registarem-se percentagens de ocupação, para os vários códigos de uma unidade num dado momento do tempo, resultando num mosaico útil. Já no caso do modelo raster, sendo simplificado, a informação temporal, assim como a percentagem de ocupação para cada código, não são registadas.
Um excelente exemplo da análise temporal da ocupação do solo, e que nos permite estabelecer correlações com a biodiversidade e a resiliência climática, está na identificação da transformação de áreas floresta em terra cultivada. Também o impacto em termos de emissão de gases potenciadores do efeito de estufa pode ser extrapolado, partindo deste modelo.
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