10-08-2021
Cartogramas, uma imagem vale por mil palavras
Quando pretendemos apresentar informação relativa a um determinado fenómeno, e que se encontra distribuída geograficamente, a melhor técnica é usar um cartograma. Os valores dos indicadores do evento em estudo percebem-se muito melhor quando são vistos em conjunto, usando escalas de intensidades de cores para se distinguirem os intervalos de valores em que cada zona se encontra, tendo a componente geográfica um impacto enorme na apresentação.
Uma ferramenta de análise de indicadores deve dar a máxima flexibilidade aos utilizadores, permitindo-lhes as mais diversas combinações, quer ao nível das classes de análise, quer ao nível das áreas geográficas em estudo.
Frequentemente os indicadores agrupam-se em classes, para tornar mais fácil a sua análise, prejudicando ligeiramente a riqueza dos valores em detrimento da eficácia do estudo que se faz. As classes de análise encontram-se, por isso, divididas em intervalos de valores, os quais podem corresponder a intervalos com distâncias iguais entre os valores apresentados, ou a intervalos que representam partes iguais do universo em estudo (quartis, percentis, etc.) O tipo de intervalo é uma escolha do utilizador, para que tenha a maior utilidade no seu estudo.
Já o número de classes a apresentar deve poder variar, também segundo os critérios do utilizador, para abranger as diferentes sensibilidades de quem vai usufruir dos cartogramas.
As opções de drill-down e roll-up são fundamentais quando queremos uma interactividade com o utilizador. A primeira permite colocar em foco uma zona geográfica subordinada à zona anterior, ou seja, mostrar um detalhe. A segunda permite fazer uma expansão da análise, mostrando o contexto que engloba a zona presente. A utilização conjunta de ambas, aliada às possibilidades de pan&zoom, habituais em qualquer sistema de informação geográfica, tornam esta técnica extremamente intuitiva e fácil de utilizar por qualquer pessoa.
A sua utilização no contexto da gestão das alterações climáticas, é um excelente exemplo do contributo destas ferramentas para o combate à crise climática com que nos debatemos.
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