03-05-2021
O Despertar para a Importância do INSPIRE na Sociedade e nos Governos
Ao adotar-se o INSPIRE nos diferentes níveis de governo (local, regional, nacional e europeu), são muitas as pessoas que se começam a aperceber da importância de se usar uma estrutura de dados comum. A criação desta estrutura de dados comum não só motiva as pessoas por uma causa comum, mas também induz a um maior dialogo para perceberem como é que podem ser mais eficientes na partilha de informação. O INSPIRE ao fomentar o diálogo entre as pessoas só por si já valeria a pena, mas é muito mais do que isso.
Talvez um dos maiores benefícios da utilização do INSPIRE seja a consciencialização, a nível global, da verdadeira importância da geolocalização, e da georreferenciação de todos os dados que utilizamos diariamente na nossa atividade profissional. A população em geral está cada vez mais consciente que tendo o contexto do local onde cada ocorrência teve lugar, torna-se mais fácil de tomar decisões acertadas. Estamos a falar não só nos decisores públicos, mas também no sector privado onde o número de pessoas cientes desta importância tem aumentado.
O aparecimento de novos protocolos, de novos standards, para a troca de dados entre organizações, é talvez a charneira que marca a adoção inequívoca do INSPIRE. Por um lado, o INSPIRE leva ao aparecimento e consolidação de novos protocolos, como o OGC API Features. Por outro, esses protocolos levam a uma mais fácil adoção do INSPIRE, ultrapassada que está a barreira que impedia a comunicação sem recorrer a formatos de dados ricos e complexos.
Tudo isto permite uma melhor utilização dos dados, provenientes diretamente de diversas fontes de referência (authoritative data providers), e compilá-los de forma a fazerem sentido como um todo, servindo um propósito comum. Os dados nascem nas instituições que a eles têm acesso em primeira mão, mas depois são partilhados por todos os que deles possam beneficiar.
Apenas com a utilização sistemática de um modelo de dados comum, como o INSPIRE, poderemos ter uma infraestrutura de dados espaciais europeia, reduzindo a ineficiência tanto quanto possível, e partilhando dados entre as mais variadas instituições (governamentais ou não) de modo a que sejam úteis para todos os cidadãos.
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